sábado, 31 de maio de 2008

SEGREDOS E MEMÓRIAS DE UMA MULHER ATRAENTE E DESPUDORADA


Como repreensão, fui mandada para um internato só de moças (riso sarcástico). Se o Júlio não tivesse feito todas as coisas comigo, se não fossemos curiosos em torno do nosso próprio corpo, me bolinado, eu teria ficado horrorizada naquele lugar. Desconfie, filha, de quem vive rezando e chamando por Deus a três por quatro, tem sempre um podre, ou mais de um, em baixo do tapete do crente. Lá conheci a Olga. Coitada. Você tem uma interrogação no rosto, filha, por quê? Vou lhe contar, escreva aí. Quando cheguei percebi no íntimo de que se tratava de fachada para esbórnia. Li em livros que havia lugares lúgubres como aquele, “O NOME DA ROSA” do professor Eco ilustra mais ou menos aquele lugar. Exatamente, filha, há o filme também. Fui recebida por imã Karenina. Quando centrei minha visão naquele rosto vi que se tratava de uma libidinosa no mais alto grau. Muito séria, sisuda, dona de uma máscara intrépida que escondia a verdadeira face da orgia sexual. Tinha Júlio em meu pensamento e assim abafava o sofrimento. Havia diversas tribos entre as meninas. Geralmente faziam as mais novas, recém chegadas de slavers chamavam-nos assim. Não cedi às pressões das meninas, não deixei que Olga também sucumbisse àquilo. Arrancava forças do meu pensamento em Júlio e não esmoreci. Tínhamos todas que nos recolher e dormir às vinte horas. Mas eu não. Acostumado em dormir tarde, pois ficava com Júlio no amasso, aproveitava para ler livros proibidos. Li Madame Bovary e O Crime do Padre Amaro, dois livros exilados, por assim dizer, lá dentro. Numa noite então ouvi passos furtivos vindos do corredor além de vozes sussurradas e abafadas. Resolvi investigar, achei estranho. Segui os ruídos e cheguei ao porão. Tomei um susto quando olhei à socapa, de través pela porta. Era uma sala escura com sete velas de sete dia pretas arrodeando uma estrela. No centro da estrela um chifre não sei de que. E um homem, não sei direito mas acho que era o negro alto e forte da limpeza. Vestia uma sunga vermelha e tinha os olhos esbugalhados olhando as pessoas ao redor. Eram a irmã Karenina, a irmã Madalena, nome sugestivo para o que ela fazia, não acha? E sete garotas do internato, acho que as mais velhas. Reconheci Maria Alcina e Cátia. Depois de alguns minutos o negro alto e forte que estava no centro da tal estrela escolhia uma das meninas e currava. Assisti a tudo nesse dia. Ele começou bolinando, depois mandou irmã Madalena lamber as entranhas do ânus em seguida penetrou nela por trás. Acho que era virgem, pelo menos por trás, pois sangrou muito. Depois de satisfazer-se deu início a um festival de lesbianismo, sapatagem que jamais vi em minha vida. Luxúria e permissividade em alta escala.

QUARTA PARTE- TERÇA-FEIRA 03/05

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