sexta-feira, 5 de setembro de 2008

NINGUÉM ESCREVE AO CORONEL- de carlos vilarinho

Para Gabriel Garcia Márquez


O galo derrubou um facho de mel
Sem precisão ou direção,
E pouco labéu.

Sem vídeo ou recital
Não há registro, não,
Adeus todo o Funchal.

Em emoção, assim, cênico papel
Bradou como o galo em paixão:
“Ninguém escreve ao coronel!”

Jaz a fome e a emoção,
Visgo derramado ao léu.
Cocoricó, latino-americão.

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