Vou me estruturando com fio de navalha na carne,
desaguando no riacho lavo meu sangue.
Vermelho e inchado meu corpo grita em pane
e minha cabeça gira entorpecida.
Grito, grito...
Lavada de água doce minha carne se acalma,
minha alma aquieta
e se afogueia de pronto em pranto.
Choro como quem canta;
danço como quem grita;
grito com minha dança em prantos.
Graciosa e grave.
Gravemente ferida.
Docemente encantando
paraliso (paraíso) e balanço.
Camila Vilarinho minha prima estreando no mundo das letras.
domingo, 2 de novembro de 2008
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3 comentários:
Poema bem estruturado, aproveitando a aliteração no jogo sutil das palavras. Parabéns!
Gostei muito do seu poema, Camila. Estonteante, imagens de desespero muito bem elaboradas. Queria falar do final também, mas não achei as palavras certas. É esta paz intranquila, algo de onírico, um processo de purificação. Por aí. Beijos.
Parabéns, Mila Vila. Tocante e sensível como você é. Bj.
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