quinta-feira, 21 de maio de 2009

CRONISTA POLÍITICO DESSE BLOG-Jackson Vasconcelos com mais um texto pra refletir...

Com vivo interesse, acompanho a política brasileira desde o início da minha mocidade.

Ainda garoto, estive presente nos corredores do Congresso Nacional, quando o governo militar determinou a sua desocupação e das galerias dos plenários das duas Casas, vibrei com os debates e pronunciamentos que encaminharam a votação frustrada da Emenda Dante de Oliveira; que construíram e homenagearam a “Constituição Cidadã”; que festejaram a eleição de Tancredo e choraram a sua morte, enfim, eu tive a honra de, bem de perto, presenciar os momentos mais importantes da reorganização política, depois da quartelada de 1964.

De uns tempos pra cá, me pergunto sempre: afinal, o que houve com a política no Brasil? Por que diabos, ela perdeu o rumo e deixou de ser ciência ou prática sadia, para ser seriado policial? No último final de semana, encontrei a resposta num pequeno livro publicado pela Editora Campus: “Cartas a um Jovem Médico” do doutor Adib Jatene.

Com certeza, sem imaginar que estaria a responder a minha dúvida, que deve ser a de muita gente, doutor Adib, depois de contar as suas experiências com a medicina e com os governos, afirmou: “Por isso penso que o que falta no mundo moderno é formação filosófica. No passado quem determinava o comportamento da sociedade eram os filósofos. Dirija o seu pensamento à Grécia antiga, por exemplo, e veja que quem lhes tomou o lugar foram os negociantes. O cenário é idêntico ao de hoje, quando são os comerciantes que controlam e se beneficiam de todas as atividades..."

segunda-feira, 11 de maio de 2009

ILUSÕES DO AMANHÃ- do Príncipe poeta Alexandre Lemos

Recebi um email com a solicitação abaixo. Li e gostei o poema do rapaz. Confiram.


Boa noite Carlos

Este poema foi escrito por um aluno da APAE, chamado, pela sociedade, de excepcional.
Excepcional é a sua sensibilidade!
Ele tem 28 anos, com idade mental de 15 e peço que divulguem para prestigiá-lo. Se uma pessoa assim acredita tanto, porque as que se dizem normais não acreditam?

Cida.

Poema de um aluno da APAE


ILUSÕES DO AMANHÃ

"Por que eu vivo procurando
Um motivo de viver,
Se a vida às vezes parece de mim Esquecer?
Procuro em todas, mas todas não são você.
Eu quero apenas viver,
Se não for para mim que seja pra você.
Mas às vezes você parece me ignorar,
Sem nem ao menos me olhar,
Me machucando pra valer.
Atrás dos meus sonhos eu vou correr.
Eu vou me achar, pra mais tarde em você me perder.
Se a vida dá presente pra cada um, o meu, cadê?
Será que esse mundo tem jeito?
Esse mundo cheio de preconceito.
Quando estou só, preso na minha solidão,
Juntando pedaços de mim que caíam ao chão,
Juro que às vezes nem ao menos sei, quem sou.
Talvez eu seja um tolo,
Que acredita num sonho.
Na procura de te esquecer,
Eu fiz brotar a flor.
Para carregar junto ao peito,
E crer que esse mundo ainda tem jeito.
E como príncipe sonhador...
Sou um tolo que acredita, ainda, no amor".

PRÍNCIPE POETA (Alexandre Lemos - APAE)

domingo, 3 de maio de 2009

IMPRENSA MADRASTA- de Jackson Vasconcelos

O Presidente do Brasil governa uma Nação, que ocupa um território que tem mais de oito milhões de quilômetros quadrados, é relevante no contexto internacional e abriga:



1. 190 milhões de habitantes, dos quais mais de 120 milhões, eleitores compulsórios.

2. 25 milhões de trabalhadores, com rendimentos que não ultrapassam um salário mínimo e 10 milhões que não apresentam renda alguma.

3. 10 milhões de crianças na faixa de zero a quatro anos de idade.

4. 11 milhões de famílias sustentadas por programas sociais.





Um País que tem:





· Mais de um trilhão de dólares em Produto Interno Bruto , 34 ou 35% dele consumidos pelo Estado com o título de tributo.

· Mais de cinco mil municípios, boa parte deles altamente dependente da repartição das receitas federais.

· Mais de um milhão de servidores públicos federais.

· Elevado grau de corrupção, violência e criminalidade.

· 200 bilhões de dólares em reservas.





Dilma Rousseff é Ministra principal do Presidente do Brasil e por ele escolhida entre muitos para ser a sua sucessora. Está filiada ao segundo maior partido político e com ele controla os melhores instrumentos de campanha eleitoral do Estado Brasileiro: a máquina pública, o programa Bolsa Família e o PAC. Tem, portanto, potencial competitivo para vencer a eleição. Mas, como saber se ela será, de fato, a melhor escolha?

A imprensa não dirá, nem oferecerá pistas, porque prefere comentar os resultados que a ministra obteve com a operação plástica; informar o que ela andou a fazer no tempo da clandestinidade obrigatória e agora, entender como ela administrará no conjunto, a agenda de trabalho e campanha com a necessidade de tratar um câncer linfático.

Muito menos resposta se terá dos programas eleitorais de rádio e TV e dos debates que ocorrerão durante a campanha, porque são peças teatrais em razão dos limites impostos pela legislação e das exigências feitas pelos juízes eleitorais.

Então, que se corra o risco da escolha e se o resultado não for o melhor, fiquemos com a pecha de não saber votar. É o preço de viver por aqui!


Jackson Vasconcelos é cronista político desse blog